sexta-feira, dezembro 01, 2006

Poema sem nome



(Quando o sol se pôs. E tudo começou...)

Mil pontos de interrogação.
Hoje eu sou mil pontos de interrogação.
Fui feita em meio a vírgulas desnecessárias
entre os parênteses do bem-me-quer alheio.
Quando me terminaram
esqueceram-se de meus pontos finais
e eu caminhei
assim
pela vida
deixando-me aos pedaços inteiros
nas vielas de corpos cansados.
E nas idas e vindas
de amores caídos
fui proscrita de teu coração.
Desterrada de você
fui expatriada de teu enleado território
meu.
Agora, só continuo.
Na eterna repetição de meu ato final.
E nas reticências de meu ser irresoluto
vou...


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