quinta-feira, agosto 23, 2007

descoberta

Sophie Thouvenin



Puberdade. Pela primeira vez ouve, na rua, um elogio masculino.
Sozinha no quarto, ela se despe. Passa e mão pelos cabelos, pelo rosto.
Se detém em cada detalhe e, assim, desvenda seu corpo até os pés. Sons de prazer, contrariedade, espanto, satisfação, mapeiam seus caminhos, orientando a memória.
O tato é seu espelho. Satisfeita, veste a roupa e o casaco. Pega a bengala, chama o cão. Sai.






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8 comentários:

Anônimo disse...

Putz, pra vc ver como tudo é relativo...rsrs bjim

Maria disse...

Gostei e voei até Ideália !!! Beijo

Angela disse...

Você vestiu de gala o meu texto!
Ficou lindo. Acho que dá para inventar uma nova profissão em torno dos blogues: Consultora de imagens ou Ilustradora de postagens para internautas de gosto duvidoso, que tal?

Obrigada Ana!

douglas D. disse...

acho que foi no rascunhos.
bjo.

Anônimo disse...

Existem textos que merecem ser perpetuados na memória!!!
Beijos

Bruno Cazonatti disse...

Sensacional...certeiro...

Beijos
Brunø

sandro so disse...

ana palindrômica, tem um convite para vc no simulador.
bj

Anônimo disse...

PQ tudo é tão rápido? Será que nossas escolhas serão as corretas? O que será realmente viver a vida? Espero estar vivendo, não apenas estar vivo.

 
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