quarta-feira, dezembro 20, 2006
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"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada. Sou um ser concomitante: reúno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios" - Clarice Lispector
4 comentários:
Nomear a solidão, supri-la, substitui-la por objetos de vitrine? Seguir a corrente ou nadar contra? Também não sei. Abraço!
Solida solidão
Afeto afiado sem afinação
Partícula isolada de um todo sem toldo nem baluarte
Mesmo depois de tantos crepúsculos
Ainda resisto
Estável sem que estale como um xisto
Quando arredios os ventos que me levam até você sem-pulos
Sobrevôo antes de dormir
Leu meu 1 soneto sobre o silêncio!!!!seguindo regras????esta no que vc escreveu no dia 17 de dezembro,sobre o silêncio...da uma lida ,depois me diga o que achou...bjsssss
Ednei, adorei isso, adorei, cheguei a ouvir vc lendo como lá nas tardes de sábado... escreve mais.
estou viciado em sonetos agora rs rs rs
Solidão Algoz
A solidão é destra
Soletra um kyrie incompleto
Sem invocar seu Deus abjeto
Ela é cética
No cio ela é poética
Ouço seus rezingos
Enquanto ela traga os respingos
Da Chuva anestésica
À noite ela é séptica
Engoli a Lua
Rói minha alma eclética
Poupa algumas estrelas disformes
Quando jejua
Popa que não poupou-me de um sofrimento enorme
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