sexta-feira, janeiro 12, 2007

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"Naqueles tempos ele era vítima de um cirugião-dentista que, de repente, do outro lado da sala do café, da outra extremidade do bonde, da calçada oposta, lançava intempestivamente o seu vozeirão:

_ Como vai a poesia?

Todas as cabeças que se achavam de permeio voltavam-se então para o Poeta. O Poeta, nu, desmascarado, em meio à multidão!"


Mário Quintana
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